Começando um novo tópico no blog, tentarei postar semanalmente (se o tempo deixar).
Vou procurar postar coisas do meu acervo pessoal, e/ou de outras fontes (amigos, internet, rádios e etc...)
Então pra começar escolhi um play que ouvi bastante durante essa semana, o segundo play dos californianos do Abattoir.
"The Only safe Place" (que foi lançado em 1986), o que se ouve é um power/speed metal muito bem executado, sem frescuras, riffs diretos e melódicos, vocal agudo e rasgado e ótimos refrões.
Podemos destacar "Bring on The Damned", "Hammer of the Gods", "Temptations of the Flash" e "Night of the Knife" só pra citar alguns sons.
Pra quem gosta do bom e velho power/speed metal é um item obrigatório. ;)
Os Germanicos do Grave Digger estão de volta com mais um ótimo trabalho, titulado "Clash of the Gods".
A capa com o tradicional "The Reaper" agora em forma de medusa, já demonstra o que está por vir, um disco aos moldes Grave Digger, ou seja repleto de qualidade.
Começando com uma breve introdução cantada em alemão "Charon (Fährmann des Todes), e logo vem a porrada "God of Terror", como todo inicio de play o Grave Digger sempre escolhe uma musica veloz, e direta.
Outros exemplos de velocidade e abuso (no bom sentido) do bumbo duplo são "Hell Dog", "Walls of Dog" que começa veloz , e vai alternando a velocidade no decorrer "Warriors Revenge" com um belo trabalho vocalico e de teclado dando um clima muito interessante ao som.
O trabalho vocal do Grave Digger continua fantástico abusando dos coros nos refrões, e nas passagens épicas que exigem um vocal mais trabalhado.
"Medusa", "Death Angel & The Grave Digger", e a faixa título "Clash of the Gods" mostram o lado que consagrou a banda como uma das referências do power metal mundial, musicas mais cadênciadas, com refrões rápidos e bem trabalhados, no caso da faixa título mais sombria e pesada.
O vocalista Chris Boltendahl continua com sua voz grave e inconfundível, outro elemento que consagrou o Grave Digger na cena metal mundial nesses mais de trinta anos de carreira.
A curiosa figura do tecladista H.P Katzenburg (pra quem não sabe ele toca fantasiado de Reaper), foi fundamental para dar um clima hora sombrio, hora épico ao som da banda. Desde sua entrada na banda em meados de 1998 ele vem contribuindo e muito para que as criações do Grave Digger se tornem cada vez mais de alto nível.
"Call of the Siren" que começa como uma balada com dedilhados e vocal limpo, depois entram as guitarras pesadas e carregadas.
A breve instrumental "...With the Wind" e a épica "Home at Last" fecham o play com chave de ouro.
Pra quem curte vale a pena conferir, pois o material tem muita qualidade com a marca registrada Grave Digger.
Pra quem acompanha a cena metal a tempos deve conhecer os americanos do Malice. Banda formada em meados de oitenta e dois encabeçada pelo guitarrista Jay Reynolds, lançou apenas dois full-lenghts um de oitenta e cinco titulado de "In the Beginning..." e o segundo em oitenta e nove, considerado um dos grandes clássicos do metal "License to Kill" onde brilhou o grande vocalista James Neal. Porém os tempos são outros, e após um hiato de mais de vinte anos, o Malice retorna suas atividades com uma nova formação. A novidade fica por conta de ninguém mais que um dos maiores vocalistas de heavy metal de todos os tempos James Rivera (Helstar, Destiny's End, Seven Witches e muitas outras), para lançar mais um disco, apesar das musicas em sua maioria serem regravações dos registros anteriores é ótimo trabalho"New Breed of Gods". Começando com a própria faixa título (essa inédita), você pode perceber que apesar de ter a afinação um pouco baixa (para ser mais preciso meio tom) o Malice não perdeu suas características aquele metal cadenciado, as vezes rápido, melódico e empolgante. A maioria das musicas do disco são regravações do próprio Malice , só que com a voz de James Rivera, e uma roupagem diferente, Do primeiro disco temos as regravações da veloz "Hellrider", da "Stellar Masters" que pode ser considerado um hard n' heavy muito bem executado, da tradicionalíssima "Air Attack" e da última musica do play "Godz of Thunder" outra musica rápida e empolgante.
A performance do vocalista James Rivera é mais uma vez o
diferencial do trabalho, ele sabe exatamente como e onde e como tem que usar sua voz,
por isso é considerado um dos melhores de todos os tempos.
Do segundo play da banda temos a clássica "Sinister Double" que ficou muito interessante com a voz de Rivera. A rápida "Against the Empire"; outra mais puxada para o hard n' heavy "Chain Gang Woman" e "Circle of Fire" com riffs tradicionais e sem frescuras.
O guitarrista e lider da banda Ray Reynolds usou e abusou de
diferentes tipos de amplificador e efeitos (quem é guitarrista vai perceber
ouvindo o play), não perdendo as principais características do Malice.
De inéditas além da faixa título temos "Branded" muito influenciada pelo Judas Priest.
Como nos discos anteriores não podia faltar a balada, "Winds of
Death (Angel of Light)" é uma bela canção, com um refrão pesado e um
trabalho de voz muito interessante.
"Slipping Throgh the Cracks" lembrando muito das musicas
do segundo play da banda "License to Kill".
Qualquer banda que o vocalista James Rivera participa é coisa boa,
portanto adquira o seu que vale que a pena.
A banda mais bêbada do mundo está de volta, e com um ótimo registro titulado de "A Girl Called Cerveza"
Pra manter a tradição os Alemães do Tankard escolheram uma capa irreverente , marca registrada dos seus quase trinta anos de carreira.
Começando com "Rapid Fire (A Tyrant's Elegy)" linhas de guitarra muito interessantes, e um refrão melódico e pegajoso um belo inicio de disco.
Seguindo com a faixa titulo "A Girl Called Cerveza" com uma letra um tanto quanto engraçada, riffs diretos, e rápidos outra marca registrada dos alemães.
"Whitchhunt 2.0" é o tipo de musica que os thrashers não conseguem parar de "bangear" tamanha velocidade do som e o refrão quebrado, "Masters of Farcers" segue a mesma linha do thrash rápido e direto com direito a algumas partes quebradas.
O Vocal de Gerre continua como nos anos oitenta rasgado e se encaixando perfeitamente no som da banda, tanto nas partes mais rápidas e diretas como também nas partes cadenciadas.
"Metal Lady Boy" com linhas que remetem o bom e velho heavy metal tradicional, e com o vocal sendo dividido entre masculino e feminino, a musica alterna entre velocidade e a cadencia de bandas mais tradicionais. "Not One Day Dead (But One Day Mad)" guitarras muito bem trabalhadas, a entrada do guitarrista Andy Gutjahr no começo da década trouxe muitos benefícios a banda, Andy adota um estilo mais melódico sem perder a característica principal do Tankard aquele thrash metal rápido e empolgante. "Son of a Fridge" começa com dedilhados caracterizando uma balada e logo segue distorcida e muito bem composta, com algumas variações de velocidade.
"Fandom at Random" começando de forma clássica um riff arrastado e sombrio, logo ganha velocidade
"Metal Magnolia" thrash metal made in Tankard, direto, rápido e empolgante.
Fechando com "Running on Fumes" começando com um violão clássico bem aplicado por sinal, o som vai tomando forma e percebe-se que tem um pouco de tudo que tem nos sons anteriores, ótima musica.
Pra quem gostou do anterior "Vol(l)ume 14" compre, pois o disco segue a mesma linha.
Pra quem acompanha a carreira dos alemães compre pois o Tankard nunca decepciona seus fãs.
Após fazer alguns shows em grandes festivais no verão europeu, os americanos do Over Kill desembarcaram para uma série de shows na América do sul e mais uma vez incluíram o Brasil nessa tour.
O local escolhido foi o CTN (centro de tradições nordestinas), que já foi palco de shows como Focus e Avantasia.
O CTN tem uma infra-estrutura muito boa para abrigar shows, além do estacionamento interno, e diversas opções de comida e bebidas, o palco grande comporta shows de médio e grande porte. Os pontos fracos ficam em não aceitar cartões na compra de ingresso, muita gente desistiu do show por esse fato, e a organização ficou um pouco confusa em formar uma fila e até mesmo entregando o ingresso de volta (devolveram o canhoto).
Infelizmente o local é muito grande para abrigar o show do Over Kill pois se trata de uma banda underground, sendo assim a área destinada a pista vip virou pista comum.
O publico não passou de trezentas pessoas mais ou menos, ou melhor trezentos thrashers fiéis a uma da melhores bandas do estilo.
A escolha pelo Tropas de Shock para abrir o evento foi outro ponto fraco, apesar da banda ter vite anos de carreira, os caras não tem talento, mas seguem o espírito brasileiro de ser "Não desistem nunca". Suas musicas são datadas tentando copiar o Iron Maiden e qualquer outra banda de metal melódico do final dos anos 90.
Aproximadamente as 23:00 horas começa a introdução de "Come and Get it" primeira faixa do último trabalho dos americanos titulado de "The Electric Age". Logo os membros da banda entram em ação as luzes se acendem e a velocidade do thrash metal praticado por eles contagia o local.
Dessa vez conseguiram trazer o palco todo muito bonito por sinal dando um toque especial ao espetáculo.
Seguindo com "Bring me the night " do "Ironbound" , as clássicas "Elimination" e "It Lives" (a primeira do "The Years of Decay de 1989 e a outra do "The Killing Kind" de 1996) levaram os fãs ao delírio.
O som estava um pouco alto, mas bem nítido, se ouvia tudo perfeitamente.
O baixo de D.D Verni como sempre estava pesado e sempre guiando as musicas da banda junto da bateria de Ron Lipnicki rápida e precisa.
Mais uma do novo, "Electric Rattlesnake" e um grande clássico "Hello From The Gutter" do "Under the Influence" de 1988.
Blitz é um excelente frontman , muito carismático sempre conversando com o publico, sua voz ainda está em boa forma mesmo tendo perto de 50 anos de idade. Depois do ataque cardíaco que ele teve alguns anos atrás no meio de um show na Alemanha (se eu não me engano) ele se cansa muito rápido e as várias saídas que ele dava do palco na hora dos solos de guitarra era para utilizar oxigênio (tinha um galão do lado dos amplificadores).
O show seguiu com "Ironbound", "Save yourself", "Necroshine" e a alegre "Old School".
Após uma pequena pausa eles voltam com uma chuva de clássicos o hino "In Union We Stand" a poderosa "Deny The Cross" e fechando com já faz parte da tradição da banda com "Fuck You" (da banda punk Subhumans pra quem não sabe).
Apesar da curta duração do show (aproximadamente 1:10Hs) o Over Kill Mais uma veio representar o thrash metal de alta qualidade. Que voltem logo
Eis que uns dos discos mais esperados do ano saiu (Em maio para ser mais preciso).
Testament "Dark Roots of Earth", quem desconfiou achando que seria difícil o Testament lançar algo com tanta qualidade como foi no antecessor "The Formation of Damnation" se enganou, "Dark Roots of Earth" pode ser considerado um dos melhores discos dos californianos do Testament.
A bela arte da capa desenhada por Eliran Kantor já mostra o que vem pela frente, e o Testament não decepciona. Abrindo com a ótima "Rise Up" seguindo com "Native Blood" de onde foi tirado o primeiro single e video oficial, cadenciada, mas no refrão vira uma "paulada" com direito a blasting beats.
A Faixa titulo "Dark Roots of Earth" mostra o lado mais cadenciado e sombrio que o Testamente possui, podemos destacar também nessa linha "A Day in the Death" que começa com o baixo de Greg Christian.
A "paulada" "True American Hate" leva os fãs ao delírio com seu thrash metal rápido e tecnicamente perfeito.
Chuck Billy está cantando como nunca alternando entre os seus tradicionais vocais e rasgado que em alguns momentos se torna gutural.
As guitarras de Eric Peterson e de Alex Skolnick estão técnicas, rápidas e melódicas quando necessário, lembrando muito os primeiros discos da banda. Arrisco em dizer que Alex Skolnick foi junto com Steve Vai o melhor aluno que Joe Satriani teve, tamanha perfeição na execução dos solos e riffs e hoje é considerado um dos melhores guitarristas de todos os tempos.
Como na maioria dos discos do Testament temos a tradicional balada "Cold Embrance" com belas melódias e solos com muito feeling, lembrando um pouco algo como "The Legacy",
A bateria ficou a cargo de um dos melhores do estilo Gene Hoglan que toca bateria com uma facilidade e maestria que poucos conseguem, tamanha precisão nas viradas e no bumbo duplo.
"Man Kills Mankind" cadenciada e quebrada, com riffs de guitarra muito bem construídos, afinal esse foi o estilo que consagrou o Testament como uma das referencias do thrash metal americano.
"Throne of Thorns" o começo é dedilhado parecendo ser uma balada, logo começam os riffs técnicos e melódicos, e segue assim até o fim um misto de progressivo com thrash metal tamanha variação do som.
Fechando com "Last Stand for Independence" outro som com riffs intrigantes para os guitarristas de plantão.
Para quem comprou a deluxe edition que além do play convencional ainda possui quatro-faixas bônus e um dvd.
Dos quatro bônus três são covers muito legais por sinal de , "Dragon Attack" do Queen, "Animal Magnetism" do Scorpions e "Powerslave" do Iron Maiden e uma versão estendida de "Throne of Thorns" mais um dvd que tem making of do play, algumas entrevistas e uns sons ao vivo.
Pra quem é fã corra e garanta o seu que esse provavelmente será o disco do ano 2012.