22 de abr. de 2012

Picture "Warhorse"




Quem disse que na Holanda não tem heavy metal?? E pra provar que tem e com muita qualidade os veteranos do Picture estão de volta com um ótimo trabalho intitulado “Warhorse”.
Com uma pequena introdução retratando uma batalha medieval logo vem as guitarras e assim se inicia “Battle Plan” guitarras rapidas, bumbo duplo, vocal grave um refrão que vai ficar na cabeça durante alguns meses, perfeito inicio de disco.
Na sequencia “Shadow of the Damned”  riffs solidos, mais lentos, puro heavy metal tradicional o qual consagrou a banda no inicio dos anos oitenta. Nessa mesma linha podemos destacar também “Rejected”, “Edge of Hell”, “We’re not Alone”.
“The King is Losing His Crown” carregada, pesada, refrão interessante som uma mistura de inicio do heavy metal com o hard rock dos anos setenta.
O vocalista Pete Lovell que está desde a época do quarto play da banda o consagrado no underground “Eternal Dark” já não é mais um rapaz de vinte e poucos anos de idade, mas continua com a mesma garra que tinha desde os anos oitenta. A forma de cantar dele ficou mais grave, sendo assim as guitarras ficaram com uma afinação mais baixa dando uma dose extra de peso as musicas do play.
A dupla de guitarristas Peter Bourbon e Mike Ferguson, faz um trabalho marcante, apesar do peso das guitarras as características do som do Picture foram mantidas.
“Think I Lost My Way” é uma belíssima balada, melódica em alguns momentos, solo cheio de feeling, muito interessante.
“Killer in my Sights” começando sombria, logo com solos em terça (dobrados), apesar da modernidade no som dos caras, esse poderia estar em qualquer disco da banda gravado nos anos oitenta.
“My Kind of Woman” pode ser considerada um hard rock moderno aquele chamado de sleeze praticado por bandas suecas como o The Poodles,Crashdiet, “The Price I Pay” é outro exemplo dessa linha mais hard rock moderna.
A faixa título, “Warhorse” podemos considerar um hino, tamanha velocidade, melodias, o refrão empolgante, considero como uma das melhores do play.
“Stand my Ground” rápida, direta, tudo que o Picture costumava ser nos anos oitenta.
Fechando o play a regravação do grande clássico de 1983 do Picture “Eternal Dark”, ficou muito interessante a versão mais pesada, o vocal bem grave, muito boa.
Pra quem conhece a carreira dos holandeses, vale a pena conferir mais um ótimo registro dos veteranos. 




18 de abr. de 2012

Angel Witch "As Above, So Below"


Finalmente a espera terminou foram 26 longos anos e os ingleses do Angel Witch estão de volta com um belíssimo trabalho “As Above, So Below” seu quarto álbum de estudio.

Logo de cara a capa chama muita atenção a imagem foi tirada de um quadro do pintor inglês Jonh Martin chamada de “The Last Judgement “ pintada em 1853.

Logo nos primeiros acordes de “Dead Sea Scrolls” você viaja no tempo mais ou menos para 1980 quando o debut da banda foi lançado. Guitarra simples, com muito feeling, riffs na medida certa, marca registrada dos ingleses.

Seguindo com “Into The Dark” simples, porem melódica muito bem escrita e tocada.

“Gebura” guitarra solida e marcante bateria um pouco mais rápida do que o tradicional, com muita pegada. Alias o baterista Andy Prestidge apesar da simplicidade da bateria durante todo play, tem muita pegada e sabe exatamente onde encaixar as viradas, as batidas mais rápidas.

“The Horla” é uma semi-balada com muito bom gosto, e feeling lembrando muita coisa do doom tradicional praticado por bandas como Pentagram, e Saint Vitus.

Apesar de estarmos falando de uma banda que começou no final dos anos 70, o Angel Witch sempre esteve à frente do seu tempo, com toda simplicidade musical e carisma do seu líder fundador e único membro oficial Kevin Heybourne.

“Witching Hour” guitarras cavalgadas e vocal cheio de melodias, excelente musica um dos destaques do play.

“Upon This Cord” e “Guillotine” seguem a mesma linha aquele metal que consagrou a aclamada NWOBHM.

Fechando o play “Brainwashed” , licks de guitarra muito interessante, marca registrada do guitarrista/vocalista Kevin Heybourne

Esse disco não perde em qualidade para nenhum outro do Angel Witch vale a pena conferir.







12 de abr. de 2012

OverKill "The Electric Age"

Uma das maiores bandas de thrash metal de todos o os tempos o OverKill está de volta com seu o decimo sexto de álbum estúdio o nome do petardo é “The Electric Age”.

Gravado no Studio do baixista D.D Verni na cidade natal dos thrashers (New Jersey), logo de cara o play chama atenção pela capa, o famoso “thunderhead” como se fosse uma máquina gerando energia e energia esse disco tem de sobra.

Começando com a paulada “Come and Get In” rápida, direta e cheia de energia, chega impressionar tamanha a qualidade do som. Seguindo com “Electric Rattlesnake” que deu origem ao primeiro single e vídeo oficial do play, rápida cheia de riffs de guitarra, impossível não “bangear” com esse som, o refrão é perfeito levando o ouvinte para uma viagem no tempo, mais precisamente para os anos 80, nesse estilo podemos citar também “Save Yourself” facilmente estaria em discos como “Fell the Fire” ou “Taking Over” tamanha nostalgia que esse som proporciona. “21st Century Man” e “All Over But the Shounting” são mais dois exemplos da viagem no tempo que o OverKill proporcionou aos fãs com esse play.

“Whish You Were Dead” mais cadenciada cheia de pegada, variação de tempo, mostrando o lado mais tradicional da banda, afinal os mesmo foram fortemente influenciados pela NWOBHM (New Wave of Britsh Heavy Metal) “Black Daze” uma pegada meio Black Sabbath uma das grandes influencias da banda. “Drop the Hammer Down” cheia de riffs mudança de velocidade, refrão melódico, combinação perfeita que o OverKIll sabe fazer perfeitamente.

“Old Wounds, New Scars” soa como se fosse a mistura de tudo que o OverKill já fez ao longo dos seus 30 anos de carreira.

O trabalho das guitarras de Dave Linsk e Derek “The Skull” Tailer, está impecável, cheio de guitarras cavalgadas, riffs diretos, cadenciados, melódicos.

O baixista D.D Verni que dispensa apresentações, deixou sua marca registrada com o baixo em um volume alto que é sua marca registrada . Deixando assim o instrumento bem audível e fazendo uma excelente parceria com o baterista Rob Lipnick que caiu como uma luva quando se juntou a banda por volta de 2005.

Alias o disco todo soa como uma viagem no tempo, modernidade na produção e classe nas composições. O vocal de Bobby “Blitz” Ellsworth parece que melhora como o tempo, a cada disco gravado ele se supera, mostrando o por que, é um dos maiores frontmans do thrash metal de todos os tempos(quem já os viu ao vivo sabe do que eu estou falando).

“Good Night” que começa com um belíssimo dedilhado (estilo “Solitude” do play “Horrorscope”), logo em seguida passa para um thrash metal, rápido e cheio de riffs, refrão sensacional, fechando o play com chave de ouro.

Apesar de estarmos ainda no primeiro semestre esse play já é considerado por mim um dos melhores do ano, como também pode ser considerado um dos melhores plays do OverKill ao longo de sua existência.






9 de abr. de 2012

DragonForce "The Power Within"



A banda intercontinental (cada membro é de um país) Dragonforce está de volta, acabaram de gravar o sucessor de “Ultra Beatdown”, o nome do play é “The Power Within”.
Com uma capa de extremo mal gosto tamanho a simplicidade (O cara que fez a capa deve ser influenciado pelo mesmo cara que desenhou a bandeira do japão).

O play começa com “Holding on” Guitarras em terça em um lick totalmente clichê do estilo abre a faixa, na sequencia a musica ganha velocidade, e melodia marca registrada da banda. Nesse estilo podemos citar também “Fallen World”; “Give Me The Night”, essa última que se torna mais cadenciada em alguns momentos. “Heart of The Storm” velocidade da luz, clichês e guitarras digitais demais.

O baterista Dave Mackintosh abusa dos bumbos duplos e batidas na velocidade da luz em alguns momentos existem “blasting beats”, muito usado em bandas de death e black metal. O rapaz tem uma técnica apurada, porém nada demais dentro do estilo.

“Cry Thunder” mais cadenciada e melódica mostrando o lado medieval da banda, similar a bandas como Blind Guardian só que sem a classe dos bardos alemãos.

“Seasons” é basicamente um plagio de muitas coisas que o Stratovarius já fez, sem criatividade nenhuma.

“Die By The Sword”, rápida e melódica e quebrada o vocal sem exageros, esse som eu considero como sendo um dos destaques do disco, apesar do titulo clichê.

O novo e desconhecido vocalista Marc Hudson mostra que tem muita técnica e versatilidade, atingindo tons mais altos com propriedade e voz mais limpa sem soar sempre a mesma coisa.

Os guitarristas Herman Li e Sam Totman apesar de toda a técnica dos rapazes, o jeito que eles tocam e os timbres utilizados, parece mais que estão criando trilha sonora para vídeo games, tamanha velocidade e os timbres digitais principalmente nos solos. Eles soam repetitivos e maçantes. Ter técnica e velocidade não significa que tenham que tocar com a velocidade da luz, isso eles precisam aprender para se tornarem guitarristas diferenciados.

O tecladista Vadim Pruzhanov exagera um pouco em algumas partes, tentando soar como Jens Johansson (Stratovarius, Yngwie Malmsteen, Dio), mas falta muito para ele chegar nesse nível.

“Wings of Liberty” que começa com uma melodia de piano mais vocal, tentando soar como uma opera rock, logo em seguida bumbo duplo e guitarras ultra-rapidas .

“Heart of the Storm” é uma tentativa de soar épico, bem parecido com o estilo praticado pela banda italiana Rhapsody.

O play fecha com “Last man Standing” começa com uma tentativa horrenda de fazer um AOR, depois vira um metal melódico básico.

Pra quem é fã de bandas como Sonata Arctica, Stratovaris, Rhapsody é um prato cheio, pra quem não é, não passa de mais uma banda dá já conhecida NWOMB (New Wave of Melodic Bullshit).