5 de jun. de 2011

Assassin "Breaking the Silence"



Após o Fraquíssimo “The Club” de 2005 o Assassin está de volta com um trabalho mais maduro lembrando os primeiros clássicos da banda.

Produzido na Alemanha por Harris Johns (produtor de vários clássicos entre eles Coroner, Sodom,Voivod, Tankard R.D.P e muitos outros). A capa já faz os fãs ficarem curiosos pelo trabalho, pois se trata de uma capa do clássico de 1986 “The Upcoming Terror” mais moderno.

O petardo começa com a faixa título “Breaking The Silence” , assim como as primeiras faixas dos discos do Assassin começa cadenciada depois explode a toda velocidade do thrash.

Pode-se destacar também no mesmo estilo da faixa titulo “Raise in the Dark”, “Judas” e “Turf War”, o Assassin mostra que conseguiu trazer de volta toda aquela energia do thrash metal encontrada nos primórdios da banda.

O trabalho de guitarras do velho conhecido Michael “Micha” Hoffman, Jürgen “Scholli” Scholtz ficou excepcional , palhetadas rápidas, e precisas, cadência quando necessário.

“Destroy the State” a faixa mais longa com aproximadamente seis minutos de duração, mostra que a banda sabe fazer as variações necessárias para se criar uma ótima musica. O trabalho da “cozinha” Formada pelos novatos Joachim Kremer(baixo)/Björn “Burn” Sondermann ficou muito bom, mostrando um certo entrosamento dos músicos.

“No fear” “Kill or be Killed” e “Strike Back” mostram, uma certa influência do thrash metal praticado nos anos oitenta na bay area, bandas como Testament, Heathen, Exodus.

“Real Friends”,é extremamente rápida e direta, lembrando um pouco algo do segundo play da banda “Interstellar Experience”. Fechando com “I Like Cola” praticamente hardcore é basicamente um tributo a coca-cola.

Fãs das antigas vale a pena conferir esse trabalho que é milhões de vezes superior ao antecessor “The Club”.


Satan's Host "By the Hands of the Devil"



Uma das bandas mais cults do cenário está de volta.

Pra quem não conhece o Satan’s Host vai um resumo rápido de sua trajetória.

Formada em 1977 em Denver,Colorado a banda começou a “vingar” de fato em 1986 quando o vocalista Harry “Tyrant” Conklin, (que usava o nome de Leviathan Thisiren), deixou o Jag Panzer para se juntar a banda. No mesmo ano a banda grava se debut o cult, “Metal From Hell” onde a banda praticava um power/speed metal com letras profanas e ocultas.

O que chamava atenção era a performance de seu vocalista “Tyrant” (Leviathan), que soava melódico e ao mesmo tempo agressivo. Após uma longa turnê veio à idéia para um segundo álbum com a mesma formação que sairia sob o nome de “Midnight Wind”, porém Harry saiu para se juntar ao Titan Force forçando o Satan’s Host dar uma parada antes de gravar esse segundo disco (na verdade virou um EP). A banda volta no final dos anos 90, com uma nova formação que gravou os discos: “Archidoxes of Evil”, “Burn the Born Again...(A New Philosiphy)”, “Satanic Grimoire: A Greater Black Magick” “The Great America Scapegoat 666” “Power...Purity..Perfection...999”. O som praticado nesses plays era um Black metal rápido, a banda utilizava até corpse paint.

Em 2010 a banda recruta novamente Harry Conklin para fazer alguns shows em festivais que originaram a gravação do DVD de 2010 “Assault of Evil...666” o DVD contem apresentações da banda ao longo de sua existência, alguns vídeos clips, bastidores e muitas outras coisas.

Com a volta do seu vocalista original a banda decide dar um novo passo gravando o ótimo play “By the Hands of Devil” com uma capa bem interessante criada por Joe Petagno, o disco começa com a própria faixa titulo com uma introdução sombria, e logo na seqüência o bumbo duplo e as blasting beats, guitarras hora rápidas, hora melódicas e cadenciadas (lembrando inclusive o grande Candlemass) outros sons que seguem essa linha são “Demontia” “Bleeding Hearts of the Damned” “Revival”.

“Shades of Unlight” tem na introdução a guitarra limpa com um dedilhado interessante, criando um clima sombrio, com um refrão muito interessante. Vale destacar novamente a performance, do incansável Harry Conklin (Jag Panzer, Titan Force), é excepcional , marcante, ele consegue variar entre melódico agressivo e em alguns momentos mais rasgados, guturais. O baterista Anthony Lopez é muito talentoso sabe a hora que tem que quebrar a musica, utilizar o bumbo duplo, blasting beats e etc...

O guitarrista e líder da banda Patrick Evil, fez um bom trabalho de guitarra, variando entre o melódico e cadenciado lembrando em alguns momentos bandas clássicas do doom metal (Candlemass, Solitude Aeturnus, Pentagram), e partes mais rápidas voltadas para o death/black metal.

“Before the Flame” começa com uma introdução de bateria e riffs a lá doom metal, a musica segue a linha mais cadenciada e sombria, “Black Hilted Knife” segue a linha mais rápida cheio de blasting beats provavelmente a musica mais rápida do play. Outras faixas são “Fallen One” a mais Power metal do play (lembrando até Omen), e “Inferior Words” variando entre a velocidade e cadencia.

Existe também uma faixa bônus um cover de Beatles “Norwergian Wood” que ficou Black metal extremo.

Se você curte o primeiro disco da banda vale a pena conferir é um trabalho muito interessante.


1 de jun. de 2011

Jag Panzer - The Scourge of the Light"


Após um hiato de sete anos, desde o último lançamento “Casting the Stones” de 2004. A banda americana de power metal Jag Panzer está de volta com um belíssimo trabalho um dos melhores da carreira e do ano.

“The Scourge of the Light” com uma belíssima arte de capa, e uma abertura perfeita “Condemned to Fight” melódica, porém rápida e com um refrão empolgante o Jag Panzer mostra que voltou com muito pique. Apesar da mudança de formação o guitarrista Chris Broderick saiu para completar o Megadeth. Foi recrutado o habilidoso guitarrista Christian Lasegue, que mostra todo seu virtuosismo durante todo o Álbum. “The Setting of the Sun” mais cadenciada e melódica com solos dobrados, um clima um pouco sombrio que também pode ser encontrado em “Briging the End” e “Call to Arms”.

O trabalho do vocalista Harry “Tyrant” Conklin é excepcional e mostra o por que, é considerado por muitos (inclusive eu) um dos melhores vocalistas de heavy metal de todos os tempos. “Tyrant” consegue fazer tons altos, baixos, com uma facilidade e precisão que poucos conseguem, ao vivo é perfeito também (procurem, por vídeos do Jag Panzer, Satan’s Host, Titan Force que vai saber o que eu estou falando). “Cyclades” e “Overlord” seguem com riffs mais sólidos onde você consegue perceber o trabalho da chamada “cozinha” o baterista Rikard Stjernquist e o baixista John Tetley demonstram um grande trabalho, sem contar o brilhantismo das composições do líder e um dos fundadores (junto com o baixista John tetley) o guitarrista Mark Briody.

“Let it Out” é mais rápida e com solos extremamente virtuosos, lembrando os primeiros trabalhos da banda, aquele som rápido e direto, vocais rasgados e agressivos. Seguindo com “Union” uma das melhores do play, musica mais cadenciada, melódica com um belíssimo refrão e letra marcante, o vocal absurdamente técnico e preciso. “Burn” musica que deu origem a um vídeo clipe, nesse som “Tyrant” uma um to muito alto e excelente lembrando algumas vezes o finado Midnight (Crimson Glory), o trabalho das guitarras é muito preciso e coeso. Fechando com “The Book of kells” que fala sobre um livro irlandês de mesmo nome também conhecido como “Grande Evangeliário de São Columba” que se trata de um manuscrito ilustrado com motivos ornamentais feito por monges celtas por volta do ano 800 AC. É a musica mais progressiva do disco os seus oito minutos de duração, mudanças rítmicas, utilização de instrumentos clássicos (violino dentre outros), fecha com chave de ouro esse trabalho que com certeza vai marcar a história da banda.