24 de jul. de 2012

Candlemass "Psalms for the Dead"


Os mestres do doom metal estão de volta com um belíssimo trabalho titulado "Psalms for the Dead".
Após uma tour extensa e um hiato de três anos, os suécos do Candlemass estão de volta com mais um disco de estúdio, o décimo primeiro de sua carreira de quase trinta anos.
A capa macabra já mostra sinais do que vem por ai. O inicio sombrio de "Prophet" (que depois se torna rápida), indica que o Candlemass não está de brincadeira, nesse que infelizmente pode ser considerado o seu último trabalho de estudio segundo o proprio lider/fundador o baixista Leif Edling.
O disco segue de forma sombria/oculta som que consagrou o Candlemass "The Sound of Dying Demons", "Waterwitch", "The Lights of Thebe" são exemplos de toda essa atmosfera sombria que o Candlemass proporcina aos ouvintes.
"Dancing in the Temple(of the Mad Queen Bee) é o exemplo ideal que o Candlemass pode soar doom/heavy tradicional e até stoner.
O disco todo é acompanhado com maestria pelos guitarristas Lars "Lesse" Johanson e Mats "Mappe" Björkman uma mistura de melodia, simplicidade e bom gosto que fazem os suécos do Candlemass ser uma banda diferenciada desde os primordios de sua existência.
O teclado (que foi utilizado um orgão hammond), de Carl Westholm é parte importante do disco dando ainda mais a atmosfera dark com um toque setentista, um exemplo disso está nas faixas "Siren Song" e  na faixa titulo a épica "Psalms for the Dead".
Robert Lowe também mais uma vez é o destaque, seu vocal forte alternando para o sombrio e melódico mostrou em todo tempo que esteve no Candlemass que foi o substituto ideal de seu vocalista classíco o grande Messiah Marcolin.
Infelizmente após a gravação do disco Lowe deixou a banda para se dedicar a sua outra banda o Solitude Aeturnus. Para a tour foi recrutado nada menos que Mats Levén conhecido por seus trabalhos com Yngwie Malmsteen e Therion.
Vale a pena conferir mais esse grande trabalho dos mestres do doom metal.
Agora só resta esperar que essa última tour passe pelo Brasil, ou seja quem viu em 2005 viu, quem não viu pode não ver mais.

19 de jul. de 2012

Moonspell "Alpha Noir"



 
A Experiente banda portuguesa Moonspell está de volta com mais um trabalho titulado de “Alpha Noir”.
Logo de cara duas coisas me chamaram atenção no disco primeiro, foi à belíssima arte da capa muito interessante, e a boa sacada da banda em gravar cd duplo o primeiro contendo musicas mais puxadas para o dark metal com passagens que lembram o death/black metal e outro o cd ( só saiu na edição limitada e tem o nome de “Omega White”) um pouco mais gótico/atmosférico( em alguns momentos).
Mas vamos ao que interessa realmente que é a musica do Moonspell. 
“Alpha Noir” é um disco pesado e muito agressivo, a pegada da banda voltada para um lado mais death/black metal contemporâneo (som que eles praticavam no começo de carreira)soa muito bem.
Exemplos dessa agressividade e o som mais death/black podemos encontrar em musicas como a primeira faixa “Axis Mundi”, “Versus”, “En Nome do Medo”.
O Vocalista Fernando Ribeiro adota um vocal mais rasgado puxado um pouco para o gutural marca tradicional do death metal. Seu parceiro desde 1992 o baterista Miguel Gaspar faz um grande trabalho, utilizando bastante o famoso bumbo duplo, alternando entre, batidas rápidas e cadenciadas. Outros destaques são as musicas, mais puxadas para o dark metal, “Grand Stand”, “Opera Carne” essa última adota um começo beirando as guitarras do heavy metal tradicional.
O segundo disco “Omega White”  segue a linha gotic metal praticada no disco Sin/Pecado por exemplo.
Guitarras mais melódicas, vocal limpo na maior parte do tempo acredito que nesse ponto o vocalista Fernando Ribeiro foi bastante influenciado por Sisters of Mercy principalmente pelo vocalista Andrew Eldritch.
O teclado de Pedro Paixão (também guitarrista) é bastante utilizado dando um clima bem sombrio às musicas.
Em ambos os discos as letras são bem interessantes, uma mistura de emoções, sentimentos.
O destaque ficam pelas faixas “Whiteomega”, “New Tears Eve” “ A Great Darkness” “Fireseason” "White Skies".
 Se Você curte a banda vá correndo adquirir o seu pois está sendo considerado como um dos melhores discos da carreira dos Portugueses.






5 de jul. de 2012

Jeff Loomis "Plains of Oblivion"



O Virtuoso guitarrista americano Jeff Loomis (ex-Nevermore) está de volta com o sucessor de “Zero Order Phase“. O Titulo do novo registo chama-se “Plains of Oblivion”.
Apesar de ser um disco 85% instrumental (voltado para guitarra claro), não é considerado um disco para músicos como assim dizem de discos instrumentais.
O disco começa com a rápida “Mercurial” um thrash metal moderno praticado pela antiga banda de Loomis o Nevermore. Melodias complexas,  solos rápidos sem perder o sentido e a participação do grande guitarrista Marty Friedman (ex-Megadeth, ex-Hawaii, ex- Cacophony) em um dos solos, além de “Mercurial” podemos citar também nesse estilo “The Ultimatum” essa começando um pouco mais cadenciada partindo para um thrash metal, essa também contém uma participação especial nada menos do que o grande guitarrista Tony MacAlpine..
“Escape Velocity” é a mais veloz do disco inclusive com muitas “blasting beats” características da bateria em bandas de black/death metal ,  Dirk Verbeuren que pra quem não sabe é baterista do Soilwork faz um excelente trabalho ao lado de Loomis.
“Tragedy and Harmony” O nome já diz tudo muita harmonia, e melodia. Esse som é um dos que tem vocal que é feito por Christine Rhoades ( que já participou de discos do Nevermore).
Alias a vocalista canta em mais três faixas  “Chosen Time” que é uma balada cheia de solos na pegada mais“bluesy”  as outras duas são “Collide” e “Reverie for Eternity” que só são encontradas na edição limitada do play.
“Requiem for the Living” musica muito influenciada pelo mestre Jason Becker, cheia de arpeijos, guitarras em terça, em oitava; menores harmônicas; nesse ponto você percebe todo virtuosismo de Loomis que pode ser considerado um dos melhores guitarristas do novo milênio. Essa tem a participação de AttilaVörös (Warrel Dane) em um dos solos.
“Continuum Drift” musica mais lenta cheio de escalas melódicas , essa tem a participação de Chris Poland (Ex-Megadeth) nos solos.
 “Surender” com a participação de nada menos que Ihsahn (Emperor, Zyklon-B) nos vocais, guitarras e melodias sombrias, vocal rasgado estilo Emperor mesmo, praticamente um dark/black metal.
"Rapture" violão clássico ao estilo dos mestres Paco de Lucia e Andrés Segovia muito bonita composição.
Fechando com "Sybilline Origin" o começo é pesado lembrando novamente o nervermore, conforme a musica vai seguindo é perceptivel a influência mais uma vez de Jason Becker.
Pra quem gosta do estilo de Loomis que ele praticava no Nevermore vale a pena conferir, não precisa ser guitarrista para apreciar mais um grande trabalho do guitarrista.



2 de jul. de 2012

Kreator "Phantom Antichrist"


Um dos álbuns mais esperados do ano finalmente é lançado, dos mestres germânicos do thrash metal Kreator “Phantom Antichrist”.
Com uma bela capa (alias com duas capas diferentes depende da versão que você comprar) desenhada por Bes Benscoter ( Slayer, Dio, Black Sabbath), o play começa com a breve introdução “Mars Mantra” de aproximadamente 1:18 Min, logo inicia-se a faixa titulo o “petardo”, “Phantom Antichrist” riffs poderosos, bateria rápida, letra perfeita, vocal rasgado ou seja o estilo que consagrou o Kreator como uma das maiores bandas de thrash metal de todos os tempos. Seguindo com “Death to the World” guitarras e bateria rápidos logo cai para o lado mais cadenciado do Kreator. O líder fundador e principal compositor Mille Petrozza é uma máquina de fazer riffs, palhetadas poderosas, mais cadenciadas em alguns momentos, sem perder a melodia. “From Flood Into Fire” começando com um riff melódico lembrando as bandas de power metal dos anos 80 especificamente o Grave Digger, inclusive todo som tem riffs sólidos que lembram muito o Digger. O refrão é um caso a parte, tem um trabalho de voz fantástico à lá (Blind Guardian, Grave Digger) é algo completamente diferente do que o Kreator já criou ao longo dos seus quase trinta anos de carreira. “Civilization Collapse” começando com uma entrada de bateria de Ventor que alias toca muito nesse disco, logo vem um lick de guitarra melodico por sinal, porém a musica se torna veloz e raivosa impossivel não "bangear" com um som desse tipo.
 “United in Hate” começando de forma acústica, e logo o thrash característico do Kreator volta. O refrão é como se fosse um hino, thrash metal rápido e direto. Sami Yli-Sirniö o guitarrista finlandês está cada vez melhor em suas melodias e solos, escolha certeira que o Kreator fez quando o chamou para compor a banda em 2001. “The Few, The Proud, The Broken” é o tipo de musica que entraria facilmente em discos como “Renewal” “Outcast”. Aquela pegada mais melódica e cadenciada com alguns efeitos diferentes de guitarra.
“Your Heaven, My Hell” os fãs mais radicais torceram o nariz para o inicio do som, pois segue o lado meio gótico praticado no horrível “Endorama”, porém dura muito pouco e a banda mostra de novo sua verdadeira cara, apesar do som ser cadenciado e melódico, tem linhas de guitarra muito interessantes, característica do Kreator com aquelas palhetadas tradicionais.
"Victory Will Come" mais um inicio melódico depois volta toda "raiva" caracteristica da banda, muito bom o som.
Fechando com "Until our Paths Cross Again" cadenciada, sombria, melodica. Mais uma vez o Kreator dá um show no quesito versatilidade essa musica é basicamente o disco todo resumido em um "capitulo" podemos dizer assim.
Pra você que é fã da banda, ouça o disco e tire suas conclusões, para mim pode ser considerado um dos grandes discos de 2012 agora nos resta esperar que mais uma tour da banda passe por aqui.

NOTA MENTAL

A maioria dos comentários que tenho visto e ouvido sobre o disco é negativo, a maioria deles é de fãs radicais.
Mas espera ai um pouco! Eu sou fã radical e adorei o disco, por que será???
Isso se chama ouvir o disco prestar atenção e voltar um pouco no tempo lembrando de todos os discos que a banda gravou, é thrash metal sim, tem momentos mais cadenciados, mas que banda de thrash metal não tem?? O tão idolatrado Metallica não pratica nem 10% do que praticava até 1988 mesmo assim é adorado como se fosse uma religião. Ouvi também que o disco parece o odiado e horrivel "Endorama", de boa quem está fazendo esse tipo de comentário está se inspirando no comentarista futebolistico Neto ou seja parece que está comentando outro jogo não aquele que ele está de fato presente. Não tem nada ver com endorama mesmo as partes mais cadenciadas, há sim uma breve introdução em "Your Heaven, My Hell" que pode lembrar o disco mais não deve passar de 30 segundos.
Fãs radicais abram sua mente e ouçam o disco com calma, com certeza se tornara mais proveitoso.