28 de fev. de 2011

Discos esquecidos ( Mordred - "Fool's Game" )


Hoje ao arrumar minha coleção de discos me deparei com alguns discos que geralmente a comunidade metal não comenta muito, não sei se é por que de fato não conhecem ou por que a banda caiu no esquecimento.
Falaremos hoje de uma banda americana mais precisamente da bay area (San Francisco) Mordred. Em 1984 quando o baixista Arthur Liboon e o guitarrista James Sanguinetti decidiram formar uma banda eis que surge o Mordred.
Nessa época o thrash metal da bay area estava literalmente "pegando fogo", com bandas como Exodus, Heathen, Metallica, Testament, Death Angel, gravado discos, demos e fazendo muitos shows pela cidade.
O Mordred era uma banda diferente das demais, abordava temas épicos, baseados em Tolkien e lendas sobre o rei Arthur. Após gravarem algumas demos, e diversas mudanças de formação até a banda se estabilizar, a banda é contratada em 1989 pela noise records onde grava seu debut "Fool's Game" considerado cult por muitos e um classíco por outros, a capa fica a cargo de um dos mestres do desenho (com relação a capas de disco) Andreas Marschall. A gravação ficou a cargo de Dino Alden. Um fato interessante que Chuck Billy (Testament) fez muitos backing vocals para o disco. O disco chama atenção da mescla de toda agressividade do thrash metal com uma técnica apurada dos musicos, exemplos disso a abertura "State of Mind" , "Spectacle of Fear" , "Server and Splice" .
A riquesa das composições com a "progressividade" instrumental coloca "Fool's Game" como um dos melhores discos de thrash metal de todos os tempos (pra quem conhece o estilo, claro!).
Existem também alguns sons influenciados pelo power metal americano tipo Helstar um exemplo disso é "Spellbound".
Infelizmente após esse disco, o seguinte "In this Life" apresenta outras influências, inclusive para integrar a banda contrataram um DJ deixando uma influência rap aos sons, fora o baixo "funkeado" (tipo Red Hot Chilli Peppers). Por esse fato os fãs perderam o interesse pela banda fazendo com que ela ficasse esquecida. Até hoje eles fazem alguns shows, mas não gravam nada desde 1994.
Pra quem curte um thrash metal muito bem tocado e "quebrado" esse disco não pode faltar na coleção.

14 de fev. de 2011

T.N.T - "Farewell to Arms"


Os "Hard Rockers" noroegueses do TNT estão de volta com um belo trabalho "Farewell to Arms".

"Engine" - Uma musica completamente TNT com riffs sólidos, melódico até certo ponto. Pra quem acompanha a carreira da banda sabe que depois que entrou o vocalista Tony Mills o som da banda está com afinação mais baixa dando um clima mais pesado ao som da banda. Opinião pessoal eu preferia o Tony Harnel.

"Refugee" - Um riff inicial bem interessante, musica mais cadenciada e melódica, vocais mais baixos, como era o velho TNT. Refrão bonito, bem trabalhado. Vale destacar as guitarras do líder, fundador da banda Ronni Le Tekro, virtuoso como sempre, sem soar maçante.

"Ship in the Night" - Cadenciada também, vocais mais altos, o vocal de Mills nesse som, se parece muito com o do antigo vocalista Tony Harnel, musica muito foda, eu colocaria como um destaques do disco. Melódica bem composta, refrão marcante.

"Take it Like a Man-Woman!" - Musica mais rápida, cheia de energia com solos extremamente rápidos e técnicos. Não chega a ser uma especie de "Tell no Tales" mas é um grande som.

"Come" - Riff sólido bem tocado, vocais mais altos, refrão bem cantado. O vocal de Mills melhorou muito nesse play muito melhor que o antecessor "Atlantis" que eu achei fraquíssimo.

"Barracuda" - Musica mais rápida e direta, com um belíssimo solo.

"A Signature On a Demon's Self-Portrait" - Apenas uma introdução de violão clássico tocado pelo grande Ronni Le Tekro.

"Don't Misunderstand Me" - Riffs mais dedilhados, refrão pegajoso, acredito que seja a musica mais AOR do play.

"A Farewell to arms" - A faixa titulo, começando com um riff maravilhoso, que lembra muito as bandas de Heavy Metal tradicional dos anos 80. A musica toda é mais puxada, para o heavy mesmo, com belissimos vocais, e riffs. Acertaram na escolha da faixa titulo.

"Someone Else" - Mais voltada pro AOR começando com o refrão e backing vocals sincronizados. O nome do som também é bem AOR. Boa musica.

"Good Natt Marie" - Tava estranho o disco quase no fim e nenhuma balada.rs Essa é a balada, desnecessária, parece ser uma canção de ninar para crianças...rs

"Not Only Lonely" - Essa musica só aparece na versão japonesa do play, excelente som. Hard tocado com classe, bem composto, refrão bonito.

Acredito que com esse novo trabalho o TNT volta a ser uma grande banda de hard rock, que infelizmente ficou apagara após a saída do vocalista Tony harnel.